O autoconsumo remoto é uma modalidade que vem crescendo e que ajudou a energia solar a se tornar cada vez mais popular entre os brasileiros. Quer entender o que é e como funciona? Continue conosco e tire suas dúvidas!
Créditos de energia
A energia solar possui uma categoria de geração compartilhada, o Autoconsumo Remoto. Criada pela Agência Nacional de Energia Elétrica, por meio da Resolução Normativa 687/2015, que passou a valer em 2016, a geração compartilhada possibilita o uso do crédito energético em diferentes residências.
É importante esclarecer que os créditos gerados pelo excedente de energia são responsáveis por suprir a demanda em dias de chuva ou em períodos noturnos, visto que, nesses períodos, não há irradiação solar suficiente para a produção de energia, bem como pode servir como crédito em outra unidade, como é o caso do autoconsumo remoto. Esses créditos possuem prazo de validade de 60 meses, não podendo ser aproveitados depois desse período.
Como funciona o autoconsumo remoto?
Basicamente, por meio do autoconsumo remoto, os créditos de energia gerados por um sistema fotovoltaico instalado em um certo local (podendo ser residência, estabelecimento ou mesmo um terreno) podem ser usados para reduzir o valor da conta de energia de outros diferentes locais.
Para isso, o sistema fotovoltaico precisa abater todo o consumo da unidade geradora (exceto a tarifa mínima que todas as unidades precisam pagar pelo fato de estarem conectadas à rede elétrica) e os créditos que sobrarem serão distribuídos entre as outras unidades consumidoras. Caso haja mais de uma unidade sendo beneficiária do sistema instalado na unidade geradora, a porcentagem de distribuição desse excedente para cada uma das outras unidades consumidoras poderá ser especificada.
A exemplo de tal preceito, uma pessoa pode ter três residências em locais distintos, instalar o sistema de energia solar em uma residência e utilizar o crédito nas outras. Porém, é necessário destacar que todas devem estar na área de concessão da mesma rede distribuidora de energia e devem estar sob a mesma titularidade (mesmo CPF ou CNPJ).
Um exemplo bastante comum é o seguinte: você possui um sítio, com espaço suficiente para se instalar um sistema de energia solar, mas mora em um apartamento em que não é possível fazer a instalação de painéis solares. Nesse caso, o autoconsumo remoto poderá ser extremamente útil, pois você poderá aproveitar uma instalação no seu sítio para diminuir o valor da conta de energia no seu apartamento.
Dessa forma, o autoconsumo remoto se torna bastante vantajoso por gerar créditos de energia para mais de uma unidade, além de possibilitar investimento de energia solar em local com maior irradiação para abater o consumo de energia de locais com muito sombreamento.
Dessa forma, torna cabível as pessoas gerarem sua própria energia em residências ou empresas por intermédio da energia solar. Ainda é válido salientar que a geração de energia distribuída revertida em créditos pode reduzir a conta de luz em até 95%, segundo a ANEEL.
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Agradecemos pela leitura!
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