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Arthur Monte

FATOR DE POTÊNCIA: PARA QUE SERVE E O QUE É A CORREÇÃO?

Para entender um pouco acerca do porquê de se fazer a correção, precisamos compreender quando ocorre sobrecargas, quedas de energia e perdas elétricas. Isso se deve, em muitos casos, ao baixo fator de potência ou FP, logo será preciso corrigi-lo. Portanto, deve-se ter atenção quanto a isso, haja vista que existe também uma regulamentação, sendo passível de punições caso esteja irregular. Por isso,venha conferir esse artigo que fizemos sobre tema e saiba quando é necessário agir para corrigir.

Inicialmente, é preciso saber qual é a finalidade de se fazer algo que demanda esforço e trabalho com partes de instalações elétricas, que é obter maior eficiência elétrica e menores custos com energia, algo que todo estabelecimento, com tarifas muito altas, busca hoje em dia. Neste contexto,o fator de potência trabalha na ordem da potência útil gerada por um máquina, a que se refere de potência ativa, visto que todas as máquinas dissipam energia em forma de calor. Nós também temos a potência reativa, que é aquilo que se perde no trabalho útil, e a potência aparente, que é a potência total, ou seja a combinação da ativa e da reativa. Calculando, dessa forma, a razão entre a potência ativa (kW) e a aparente (kVA), obteremos o nosso fator de potência (FP) < 1, que, para a ANEEL, é normalizado em 0,92 ou 92.



Nesse sentido, tomando a indústria como exemplo, um profissional do setor elétrico, especialmente nas situações de manutenção, precisa estar atento para as possíveis condições que levam a um fator de potência baixo. Dessa forma, tem de se considerar diversas adversidades envolvidas com o aparecimento de valores menores, para que essas variações identificadas possam ser corrigidas, como:


  • diversos motores de pequena potência em operação;

  • motores ou transformadores trabalhando em vazio (sem carga);

  • motores ou transformadores superdimensionados;

  • motores ou transformadores defeituosos ou antigos;

  • lâmpadas que necessitam de reatores instaladas para iluminação local;

  • fornos elétricos a indução ou a arco operando;

  • máquinas de solda em trabalho;

  • máquinas de tratamento térmico em operação;

  • injetoras, guindastes, pontes rolantes, prensas, compressores e uma infinidade de equipamentos em operação.


Portanto, os critérios precisam ser bem vistos e catalogados, a fim de que não se faça nenhuma ação incorreta que prejudique alguma instalação elétrica e não venha a causar nenhum dano futuro. No entanto, em muitos casos, a questão reside na natureza do equipamento e suas características operacionais. Nessas situações, é preciso obter outra solução para o problema.


Vale ressaltar que é essencial, para o bom funcionamento dos motores e geradores, que o valor da potência reativa (kVAr) seja o mais baixo possível, pois, em caso de aumento, poderá causar sérias danificações por causa da baixa realização de trabalho útil, relacionadas ao uso de transformadores, quedas de energia e aumento na demanda energética de consumo.


Destarte, existem algumas maneiras de corrigir e solucionar esses problemas de natureza elétrica e de fator de potência. Conhecendo um pouco mais sobre os aspectos da indução e da capacitância, muito importantes para a geração de energia, sabe-se que energia reativa oriunda de carga indutiva pode ser neutralizada por uma carga capacitiva. Portanto, os capacitores são peças necessárias para realizar tal ação de correção,e, para isso, é necessário dimensioná-los adequadamente, considerando-se os valores indutivos existentes. Abaixo, estão elencadas 5 maneiras de corrigir:


1. Correção na entrada da energia de alta tensão

De custo elevado, corrige apenas o fator de potência avaliado pela concessionária de energia. Não resolve as questões internas.

2. Correção na entrada da energia de baixa tensão

Empregada em instalações elétricas que apresentam grande número de cargas com potências diferentes, além de regimes não uniformes. Esse tipo de correção, normalmente, faz uso de bancos automáticos de capacitores.

3. Correção por grupos de cargas

Os capacitores são instalados de modo a corrigir um determinado setor ou grupo de máquinas de até 10 CV de potência. A instalação se faz junto aos quadros elétricos dos equipamentos.

4. Correção localizada

Tecnicamente, é considerada a melhor solução: instala-se o bloco de capacitores junto a cada equipamento em que se deseja a correção. Apresenta vantagens, como gerar potência reativa apenas onde é necessária e reduzir perdas energéticas em toda instalação, entre outras.

5. Correção mista

Na verdade, trata-se da utilização das medidas apontadas anteriormente para a correção, conforme o setor considerado. Do ponto de vista prático e financeiro, geralmente é a solução mais buscada.

Para esse fim, procede-se do seguinte modo:


1. Instalar um banco de capacitores fixos ao lado do secundário do transformador de entrada;

2. Corrigir localmente no caso de motores de 10 CV ou mais;

3. Corrigir por grupos, quando se tratar de motores com potência menor que 10 CV;

4. Corrigir na entrada da rede, quando se tratar de redes de iluminação com reatores de baixo fator de potência (o uso de lâmpadas LED elimina essa demanda);

5. Instalar um banco automático de capacitores na entrada do sistema para equalização final

Então, viu como é de extrema necessidade estar atento ao fator de potência? Por isso, sempre preste atenção à sua conta de energia, pois, estando fora do normalizado, poderá sofrer complicações, como já foi previsto no artigo. Para mais informações sobre a temática, acesse site da ANEEL e busque mais informações sobre o assunto. Assim como outras empresas juniores da área, nós da RETEC Jr temos um serviço voltado a essa problemática, utilizando métodos já propostos nesse artigo. Para qualquer dúvida fale conosco pelas redes sociais.


Muito obrigado pela leitura!


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